O que é Telemedicina
Entenda o que é Telemedicina, qual é a Lei que a regulamenta no Brasil e quais são seus pontos positivos e negativos.
03/02/2021 20:50
Você sabe o que é Telemedicina?
No artigo “3 avanços da Tecnologia em Saúde em 2020”, publicado pela Konnet Telecom em dezembro do ano passado, nós apontamos a Telemedicina como um dos avanços presenciados pela Tecnologia em Saúde.
Em 2020, a Telemedicina ascendeu devido à pandemia do novo coronavírus. Ainda hoje, em meio ao contexto de isolamento social, ir ao hospital pode acarretar em maior propagação do vírus. Por isso, muitas pessoas preferem ser atendidas em casa, especialmente para tratar de enfermidades não relacionadas ao Covid-19.
Já que a Telemedicina é um assunto tão presente e relevante no contexto atual, o artigo de hoje é dedicado especialmente a esse tema. Confira:
O que é Telemedicina?
A Telemedicina é um recurso médico que permite que profissionais da Saúde e pacientes se conectem à distância.
Com a ajuda da Internet e de tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), como celulares, tablets e computadores, é possível realizar atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico. Tudo isso via videoconferência, tanto no Sistema único de Saúde (SUS) quanto na rede privada.
A prática era proibida no Brasil até 16 de abril de 2020, quando foi sancionada a Lei n° 13.989, que “autoriza o uso da Telemedicina enquanto durar a crise gerada pelo coronavírus”. De acordo com a revista Exame, entre abril e agosto daquele ano 1,7 milhão de atendimentos já havia sido realizado via telemedicina.
De acordo com essa regulamentação, a Telemedicina permite três práticas: a teleorientação, na qual médicos orientam e encaminham os pacientes; o telemonitoramento, no qual o médico monitora parâmetros de saúde do paciente; e a teleinterconsulta, em que médicos trocam informações e opiniões entre si, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Pontos positivos
As três premissas básicas da Telemedicina são oferecer serviços de saúde para todos, a todo instante e em qualquer lugar.
No Brasil, onde as regiões Sudeste e Sul concentram 72% dos médicos especialistas, como dermatologistas, urologistas e ginecologistas, a telemedicina é importante para atender pacientes que moram em regiões distantes.
Além disso, de acordo com a pesquisa “Conectividade e Saúde Digital na vida do Médico Brasileiro”, realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM) em março de 2020, 70% dos médicos brasileiros acreditavam que as tecnologias de Telemedicina poderiam ampliar o atendimento médico.
A Telemedicina traz, ainda, as seguintes vantagens: flexibilização dos horários de atendimento, possibilidade de escolha do médico, acesso a especialistas, melhor acompanhamento para doenças crônicas, menor possibilidade de ser afetado por uma nova doença e desnecessidade de deslocamento e gastos com transporte.
Assim, a Telemedicina é um recurso essencial durante a pandemia, mas deve ser realizada com qualidade.
Pontos negativos
Entre as desvantagens da Telemedicina, estão vários fatores, como a necessidade de treinamento adicional para médicos e pacientes que não têm familiaridade com as Tecnologias de Informação e Comunicação.
Além disso, nem todas as regiões do país têm acesso ilimitado à banda larga e à internet, sequer equipamentos que suportem essa realidade, dificultando as premissas básicas da Telemedicina (de oferecer serviços de saúde para todos, a todo instante e em qualquer lugar) e, por consequência, intrincando sua implementação.
Há também os problemas de redução da continuidade do atendimento, uma vez que os pacientes mudam frequentemente seus médicos, e problemas de licenciamento.
Por fim, é imprescindível colocar que nenhuma interação virtual supera a interação presencial, que é mais rica em percepções, e, no caso da Telemedicina, permite uma análise médica mais completa.
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