Se você é ligado em filmes que misturam suspense à ficção científica, já deve ter assistido ao longa-metragem “iBOY”. Lançado em 2017, o filme narra a história de Tom Harvey, um adolescente de 16 anos que mora em uma zona perigosa de Londres, na Inglaterra. Depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato, na qual fragmentos de um celular se instalaram em seu cérebro, Tom ganha poderes sobrenaturais e usa-os para se vingar de quem lhe fez mal.
O filme foi baseado no livro homônimo do escritor Kevin Brooks, que recebeu boas críticas. Entretanto, apesar de ter contado com atores renomados, como Maisie Williams (que interpretou Arya Stark em “Game of Thrones”), “iBOY” não conquistou nem os críticos de cinema nem o público geral. A revista The List, por exemplo, opinou que o filme “tem um conceito bastante original, mas qualquer frescor é abafado pelos clichês de filmes de gângster datados salpicados ao longo do roteiro”.
E, bem, apesar de o filme ter usado conceitos interessantes da tecnologia, somente alguns dos detalhes são confirmados pela ciência. Por isso, hoje, a Konnet Telecom listou mitos e verdades em “iBOY”.
Fragmentos de celulares podem se alojar no cérebro?
MITO. Até hoje, não há registros de seres humanos que tenham sobrevivido a qualquer acidente no qual fragmentos de celular ficaram alojados em seu cérebro, quanto menos registros de pessoas que tenham desenvolvido poderes sobrenaturais a partir daí.
O mais próximo que se chega disso são os registros de pessoas com balas alojadas na região. Esse é o caso do jardineiro Peter Hesford, que foi atingido por uma bala perdida. Entretanto, o idoso acabou desenvolvendo cegueira e paralisia, o que é muito diferente do que aconteceu com o personagem Tom Harvey.
Podem acontecer alterações no cérebro depois que fragmentos de metal se alojam no cérebro?
MITO. Diferentemente do que é retratado em “iBOY”, nenhum poder sobrenatural foi registrado depois de acidentes envolvendo metais no cérebro, apenas sequelas para as vítimas.
No entanto, quando o assunto não envolve metais alojados na região, a situação é diferente. Um estudo do Instituto de Neuroinformática da Universidade de Zurique afirmou que os cérebros dos usuários dos smartphones estão sendo alterados pela operação repetida do ecrã: eles apresentam maior atividade cerebral nos dedos médio, polegar e indicador do que os não usuários. Além disso, um estudo realizado pela Dra. Nora Volkow em 2009 registrou que a radiação emitida pelos celulares interfere na região cerebral.
Celulares podem explodir?
VERDADE. Quando superaquecida, a bateria pode explodir. Isso acontece porque, dentro dela, há metais que podem produzir energia e, se eles entram em contato um com o outro, podem gerar um curto-circuito. Já há diversos casos registrados de celulares que explodiram, como o Galaxy S III da suíça Fanny Schlatte, que explodiu no bolso da sua calça, causando queimaduras de terceiro grau em sua perna, e o BlackBerry Curve 9320 da britânica Sarah McCreath, que explodiu em cima da cama do filho de 11 anos, causando queimaduras nos seus pés e pernas.
A boa notícia é que os casos estão cada vez mais raros, uma vez que as tecnologias atuais são bem testadas. Mesmo assim, não custa nada se manter atento: se a bateria está muito quente, desliga do nada, descarrega muito rápido, é porque ela está muito usada ou tem defeito.
É possível hackear uma conta bancária?
VERDADE. Os métodos para hackear uma conta bancária são os mais diversos: navegadores falsos, redirecionamentos do site, controles do browser, Keyloggers… E, para piorar a situação, o Brasil é um dos países que mais cria vírus e ameaças voltados para o roubo de dados bancários. Ah, também é possível hackear um caixa eletrônico, por meio de centros de processamento falso, ataques remotos em diversos ATMs, ataques da caixa preta e ataques de malware. Só não dá para fazê-los com o poder da mente, como Tom fez…
E aí, você gostou do nosso artigo? Reparou em outros mitos ou verdades em “iBOY”?
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